Soaria estranho dizer que um game remake pode ser considerado, hoje, o mais significativo jogo do recém lançado portátil da Nintendo, o 3DS. Soaria, a não ser que estivéssemos falando de uma das franquias de maior peso da história dos games e, ainda mais, se nos referíssemos a seu título de maior expressividade e importância para a indústria de jogos: The Legend of Zelda: Ocarina of Time. Para a alegria de uma legião de fãs, Link e sua estridente companheira Navi estão de volta, agora em 3D!
A história se passa em Hyrule, terra criada pelas três deusas, Din, Farore e Nayru, que representam, respectivamente, o poder, a coragem e a sabedoria. Após criarem as terras e dar vida a seus habitantes, as três deusas desaparecem, deixando como símbolo de suas existências a sagrada Tri Force, objeto que realiza qualquer desejo daquele que a possuir. O objetivo de Link, protagonista do game, é impedir que o ambicioso Ganondorf, vilão da série, coloque as mãos na Tri Force e inicie seu império das trevas.
Em termos de experiência de jogo, Ocarina of Time 3D pode ser considerado uma mescla de retorno ao passado e inserção na nova proposta da Nintendo com o 3DS. Os antigos gráficos ganharam nova roupagem, somados à riqueza de cores que proporcionam experiência única na telas de três dimensões do portátil. Se no tocante à jogabilidade faltava algo no Nintendo 64, dessa vez o jogo pode ser considerado completo. As duas telas do 3DS proporcionam ao jogador maior dinamismo na jogatina, permitindo a execução de ações que antes eram cansativas (quem não se lembra das Iron Boots no Water Temple?). Agora, a tela sensível ao toque nos coloca face a uma maior comodidade. Ações que antes eram executadas através da interrupção do jogo, agora podem ser facilmente conseguidas através de um simples toque na touch screen do portátil. Bons exemplos da novidade são a visualização do mapa, escolha dos itens e até mesmo a execução das músicas na ocarina! A já marcante trilha sonora da série constrói o pano de fundo necessário para as aventuras de Link, causando vislumbre àqueles que estão jogando o game pela primeira vez e, claro, nostalgia aos que estão retornando às terras de Hyrule.
Além da imensidão de coisas para se fazer no jogo, a citar os inúmeros puzzles espalhados pelo mapa, upgrades para os itens, quests alternativas, joguinhos divertidos (tiro ao alvo, boliche, etc), entre outras coisas, Ocarina of Time 3D traz , ainda, o modo Master Quest, habilitado somente após o término da história tradicional. Nesse modo, o jogador será desafiado a terminar mais uma vez o game, mas dessa vez com a dificuldade mais avançada, graças ao mapa “espelhado” e as dungenons mais complexas, cheias de inimigos sedentos pela vida do pequeno Link.
The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D é um bom estímulo àqueles que guardavam dúvidas quanto a compra do 3DS nos seus primeiros anos de vida no ocidente. Não se trata de um jogo antigo e reciclado. Trata-se do renascimento de uma lenda que fez história e fará mais uma vez, dessa vez em três dimensões.
3ds me deu dor de cabeça...é informção demais pra dois olhos só^^